sexta-feira, 6 de março de 2015

a "reforma e a desinstitucionalização" psiquiátricas em Portugal

um estudo recente de Filipa Palha aponta inúmeras inconsistências, incongruências e desigualdades no processo de "reforma e desinstitucionalização" psiquiátricas em Portugal. 
não sei muito mais do que diz o estudo e também não vou perder muito tempo com ele. mas que o processo de "reforma e desinstitucionalização psiquiátrica" em Portugal foi uma pessegada austeritária, isso foi. 
que hoje não há camas suficientes para "agudos" e que os "crónicos" estão por aí bem escondidos em instituições desvocacionadas e desequipadas, longe da vista dos curiosos, isso é. 
e que se eles descompensam não há onde os meter, também é verdade. 
e que é cada vez mais perigoso ser doente mental em Portugal, é. 
e tudo isso porque quanto mais barato melhor, que uma reforma e desinstitucionalização psiquiátrica sérias "custam muito dinheiro". 
não importa saber se o custo é menor que o benefício. ninguém está para fazer essas contas. toca a desinvestir, toca a cortar, toca a desmantelar, toca a destruir. é essa a cultura atual. 
e os doentes? doentes? quem quer saber disso?