terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

celibato, virgindade, sexo e género

metendo a foice em seara alheia, apetece-me falar do celibato dos padres católicos. cælibatus, em latim, significa "não casado", por oposição a coniugalem, "com jugo [matrimonial]". o celibato é uma coisa, a virgindade é outra. a Igreja Católica deve muito do seu poder e da sua riqueza a esse regime de celibato imposto ao clero, na medida em que, não sendo casado, o sacerdote ou bispo ou cardeal ou papa não transmite os bens da Igreja aos filhos, dispersando a riqueza da instituição. esse é um ponto. outro ponto é a questão sexual. os padres são homens como quaisquer outros e, por conseguinte, sujeitos às mesmas leis da natureza. 
claro que sou favorável à liberdade de afirmação sexual dos padres, mas isso não significa que o livre acesso dos padres ao "mercado do sexo" vá melhorar nem piorar a situação dos "escândalos sexuais". o "monstro belga" não é padre, o "violador de Telheiras" não é padre e os indiciados do "caso Casa Pia" também não são padres. 
por outro lado, os sacerdotes e pastores de outras confissões cristãs não parece que tenham o comportamento exemplar que se esperaria de sacerdotes casados.
temos que nos conformar com a natureza humana, tal qual ela é. 
e um outro ponto ainda é a questão de género. embora eu ache que as mulheres deveriam poder exercer o sacerdócio, nada indica que uma sacerdotisa se conduzisse sexualmente "melhor" que um homem. e nada impediria uma Papisa de ser uma espécie de Catarina da Rússia. 
o mesmo com os homossexuais das várias preferências. 


as coisas são como são. casamento é uma coisa, sexo é outra e género é ainda outra. e outra é o sacerdócio. e outra ainda, e pior, são as ciladas e rasteiras que se costuma pregar a pretexto do sexo quando se pretende liquidar alguém. e que tal aceitarmos as pessoas como elas são e deixarmo-nos de sermões moralistas de uns para os outros?

Sem comentários:

Enviar um comentário